Reprodução assistida: o que é, para quem é indicada e como funciona a Fertilização in vitro (FIV)
- Dra. Carla Iaconelli
- 25 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de abr.
A reprodução assistida compreende um conjunto de tratamentos médicos voltados a auxiliar pessoas que enfrentam dificuldades para engravidar. As técnicas mais utilizadas são: relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV).
Esses métodos são amplamente indicados para casais com infertilidade, mas também atendem pessoas solteiras que desejam realizar o sonho da maternidade ou paternidade, casais homoafetivos e aqueles que buscam evitar a transmissão de doenças genéticas.
Tratamentos de fertilidade de baixa e alta complexidade
A RSP e a IA são consideradas técnicas de baixa complexidade e mais indicadas quando os obstáculos à fertilização são menos graves, já que a concepção acontece de forma natural, nas trompas uterinas.
Já a FIV, por ser um tratamento de fertilidade de alta complexidade, é recomendada em casos mais sérios. Nessa técnica, a fecundação é realizada em laboratório, permitindo maior controle do processo.
Como funciona a fertilização in vitro passo a passo
A fertilização in vitro é uma das técnicas mais eficazes da reprodução assistida e envolve a união dos óvulos e espermatozoides em laboratório, seguida da transferência do embrião para o útero. Veja como o procedimento é feito:
Estimulação ovariana: a mulher utiliza hormônios para estimular a produção de múltiplos folículos.
Coleta dos óvulos e preparo do sêmen: os óvulos são retirados e selecionados, enquanto os melhores espermatozoides são separados.
Fecundação: geralmente realizada por ICSI, em que um espermatozoide é injetado diretamente no óvulo.
Cultivo dos embriões: os embriões são cultivados por até seis dias em laboratório.
Transferência embrionária: feita no terceiro (D3) ou no quinto dia (D5), dependendo do estágio de desenvolvimento.
Além dessas etapas, exames como o teste genético pré-implantacional (PGT) ajudam a detectar doenças genéticas e alterações cromossômicas antes da implantação.
Causas da infertilidade e quando buscar tratamento
A infertilidade é percebida após tentativas repetidas e sem sucesso para engravidar. Pode ter origem tanto no sistema reprodutor feminino quanto no masculino. Entre as causas femininas mais comuns estão:
- Diminuição da reserva ovariana com o avanço da idade
- Distúrbios de ovulação
- Obstruções nas trompas de falópio
- Problemas no útero, como miomas, pólipos ou endometriose
Nos homens, a principal forma de avaliar a fertilidade é por meio do espermograma, exame que analisa a qualidade e quantidade dos espermatozoides. A ausência (azoospermia) ou alterações na forma e mobilidade podem indicar infertilidade masculina.
Exames de imagem, análises hormonais e testes para infecções também fazem parte da investigação da fertilidade.
Quando os exames não apontam uma causa específica, o quadro é classificado como infertilidade sem causa aparente (ISCA).
Indicações da FIV: quando a fertilização in vitro é recomendada
A FIV é indicada em diversos cenários, como:
- Mulheres com trompas obstruídas
- Casos graves de endometriose
- Pacientes com alterações uterinas
- Mulheres com mais de 35 anos
- Após falhas em outros tratamentos de fertilidade
- Casais homoafetivos masculinos
- Para evitar doenças genéticas hereditárias
- Mulheres que passaram por laqueadura e não conseguiram reverter o procedimento
- Homens com azoospermia ou que fizeram vasectomia
Taxa de sucesso da FIV
A fertilização in vitro (FIV) tem uma taxa média de sucesso de aproximadamente 50% por ciclo, variando conforme a idade da paciente, a causa da infertilidade e a resposta ao tratamento.
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